#31 - Com muito pra falar, mas sem voz…

dez 20, 2024

Nas edições anteriores…
#30 - Memória Fraca?

Com muito pra falar, mas sem voz…

E se não houvesse a voz? A linguagem falada? Como nos expressaríamos? Sabemos que há muitas formas, mas culpamos a fala (ou o silêncio) pelos maiores feitos (e estragos)...

Estar sem voz há quase uma semana é o que me motivou a escrever essa newsletter. Assim como aquela reflexão básica sobre o ano, que essa época traz…

Você já se perguntou quem foi você em 2024? Quais foram seus ditos e não ditos? Que pontes a sua “língua” construiu e quais queimou?

Eu já disse isso em aulas, mas vale repetir. A linguagem falada é racional e criativa ao mesmo tempo. A estrutura de uma frase é, basicamente, função do processamento racional do cérebro. Já a entoação da voz, uma função emocional. O tom nunca escapa. E ele diz mais que o conteúdo, muitas vezes.

Acho válido me perguntar nesse ponto da jornada sobre os ditos e não ditos, e o que eles construíram ou demoliram. Acho importante constatar as mudanças gigantescas que aconteceram e nasceram de uma vozinha lá dentro dizendo: “isso não está certo/ isso não está bom.”

Aposto que acontece com você também. E nem sempre sabemos acolher. Entender. Decidir entre falar e calar. Eu já calei o que precisava dizer e já disse o que era melhor esperar tantas vezes, de jeitos desastrados, inundada por emoções… “Humana, confesso”.

2024 não foi diferente e minha voz gerou impacto! Positivos: com meu trabalho, conduzindo conversas e ensinando gentes. Nutri amizades, relações e pedi desculpas quando pude. Negativos: ajudando a desfazer ideias e acordos (que, quem sabe, já estavam perto do precipício?)

Estamos caminhando para um lugar novo (sempre estamos). Carregamos todo o peso e alegria do que dissemos até aqui. Mas milhares de palavrinhas ainda sairão dos nossos pulmões, como o ar que depois de suas trocas e metamorfoses expira aquilo em que resulta.

Se foi bom ou ruim, só o tempo dirá… Desejo que você tenha algum tempo de silêncio consigo para regar suas palavras-sementes, rever suas promessas e fazer um pacto consigo. “Como quero criar com minhas palavras em 2025?”

Que as nossas palavras nos levem além!

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Um feliz 2025 e um forte abraço,

Carol Ramalhete

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