#25 - A nova tendência do mercado!

🗣 Arte apresenta… Papo essencial edição Novas Tendências do Mercado! Como podemos nos salvar do fim dos tempos? 🗣

abr 18, 2024

Nas edições anteriores…
#024 | Linguagem Visual

O que você encontra aqui?

A revista digital da Arte é uma curadoria de vídeos, livros, podcasts, artigos e conteúdos que gostamos. Nela, oferecemos uma síntese e links de aprofundamento.

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Tempo de leitura: 15 minutos

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É rapidinho.

Na edição deste mês…
As pessoas, as necessidades, as demandas, as competências, o trabalho e o futuro não são mais os mesmos. Segundo o Fórum econômico mundial, até 2027, 44% das competências dos trabalhadores precisarão mudar…

Vivemos em uma crise do trabalho: esgotamento, trabalho remoto, trabalho híbrido, trabalho presencial, demissões em massa, IA, Chat GPT, epidemia da solidão, isolamento social, depressão, flexibilidade, ansiedade, autonomia, produtividade, ética, privacidade de dados, saúde mental, propósito, equilíbrio vida pessoal x trabalho, ambição silenciosa, tendências, consumo, diversidade, inclusão… Pensar em trabalho mudou muito e só de ler já beiro o burnout…

Como podemos lidar com esse contexto de uma forma leve e criativa sem sermos engolidos pelas transformações?
As mudanças constantes nos pedem um entendimento mais holístico do mundo. É preciso desenvolver habilidades essencialmente humanas para enfrentar os desafios emergentes. Ou seja, aprender e se desenvolver constantemente. Além disso, construir redes de apoio e valorizar experiências diversas.

Vamos lá? Mãos no papel e olhos na tela.
Abraço, Catarina e Carol Ramalhete - equipe editorial

🔥 Inspiração

🎲 A gamificação, o lúdico e o pensamento visual na criação de Jogos!

Não é de hoje que ouvimos que os métodos tradicionais de ensino não têm funcionado. Seja nas escolas ou nas empresas, essa percepção tem provocado profissionais de diversas áreas a desenvolver alternativas mais eficazes para atingir resultados melhores com seus alunos e treinandos.

🤔 E por que os métodos tradicionais não são mais tão eficientes?
Vamos a alguns motivos:

1️⃣ Orçamentos apertados e equipes reduzidas demandam criatividade e inovação para alcançar mais resultados: fazer mais com menos implica na modificação dos modos tradicionais. Além disso, é muito difícil causar mudanças comportamentais somente com a teoria – é a vez das experiências vivenciais e interativas;

2️⃣ O modelo de educação (incluindo espaços, formato, material didático, metodologia e repetitividade) criado para a Era Industrial ainda é utilizado nas escolas e empresas. Este modelo vem sendo desmontado por diversos caminhos. O acesso ilimitado à informação e a chegada da Inteligência Artificial, por exemplo, vão contra os saberes das enciclopédias – é o fim dos textos decorados e respostas prontas;

3️⃣ A conectividade e as redes (não só sociais) abrem espaço para a valorização da diversidade e da individualidade, o que leva as pessoas a não aceitarem mais currículos fixos e a massificação do conhecimento – cada um tem um perfil e quer ser reconhecido pelo que é;

4️⃣ Pessoas cada vez mais acostumadas a uma cultura inundada de multimídia e acostumadas com a multitarefa não aceitam bem o sentar numa sala de aula e ouvir um professor ou palestrante por muito tempo. O acesso à informação disponibilizada em vários formatos (textos, áudios, vídeos, podcasts, e-books, cursos on-line, filmes, entrevistas etc) faz com que o público não se contente com somente um “canal” – uma geração acostumada com a possibilidade de selecionar conteúdos, como o Netflix ou o Spotify, ou mesmo o YouTube, tende a rejeitar formatos rígidos;

5️⃣ Conforme o custo da tecnologia cai e as escolas revisam e abrem suas políticas de acesso, é cada vez mais comum os alunos trazerem seus dispositivos móveis para a escola. E alunos acostumados a estas políticas estarão ocupando as empresas num futuro próximo e esperando, no mínimo, as mesmas permissões – é preciso compreender e aceitar isso!

6️⃣ As mídias sociais têm mudado a forma com que as pessoas interagem, trocam informação e constroem conhecimento, inclusive permitindo a colaboração entre instituições de ensino e entre empresas;

7️⃣ O acesso aos conteúdos e a possibilidade de construí-los colaborativamente, inclusive com a possibilidade de interferir na criação dos sistemas e recursos que gerenciam tais conteúdos, estão se tornando valores importantes e cada vez mais comuns – se não for colaborativo, não serve!

8️⃣ O acesso à informação torna os consumidores mais qualificados e exigentes. Como consumidores do saber, esperam mais que o trivial.

⌚️ Com isso, empresas e escolas vêm utilizando metodologias diversas para promover experiências de aprendizagem mais eficazes e sintonizadas com nossa época.

🧩 É aí que entram os jogos para treinamento.
Jogos para treinamento são ferramentas de aprendizagem baseadas em mecânicas e características dos jogos, tradicionalmente utilizados somente para diversão e entretenimento.

Assim como nos jogos de entretenimento, jogos para treinamento envolvem fundamentalmente três elementos: pessoas, regras e artefatos. A interação entre estes três elementos é o que resulta no jogo, entendido como fenômeno com certa duração e propósito.

Os jogos para treinamento têm recebido diversos nomes: jogos corporativos, jogos para adultos, jogos empresariais, jogos de empresas, serious games, jogos de negócio, business games, simuladores de negócios, dentre outros. O que todos estes termos têm em comum é que envolvem a aprendizagem ou o treino de assuntos do mundo empresarial através da experiência do jogar.

🎯 Independentemente do termo, é consenso que os jogos para treinamento promovem melhores resultados de aprendizagem quando comparados com formatos mais tradicionais (como palestras ou leitura). Todo jogo envolve a aprendizagem de um novo sistema – o conjunto de regras que o define, no mínimo. E isto, por si só, é estimulante. Quando os jogadores avançam em determinado jogo, eles aprendem. O engajamento com um jogo indica que nossas mentes estão experimentando o prazer de compreender um novo sistema. Quando se trata de jogos para treinamento, o conteúdo a ser transmitido é mesclado com a mecânica do jogo, de forma que o treino ou a aprendizagem aconteça durante as rodadas.

🤝 Assim, jogos para treinamento são instrumentos para criar universos delimitados por regras que criam um ambiente propício ao treino de habilidades (principalmente comportamentais, ou soft skills) ou à aquisição e ao reforço de conteúdos teóricos.

📍 Como funciona um jogo para treinamento?

👥 Em se tratando de jogos para treinamento baseados em tabuleiros e componentes materiais, a aplicação de um jogo acontece para turmas com tamanhos definidos. Em geral, turmas com 20 participantes costumam responder bem a uma aplicação destas.

⏰ Cada aplicação pode durar de duas a oito horas, dependendo da complexidade do assunto a ser abordado ou das características do jogo. É sempre recomendável que o jogo seja aplicado por um facilitador habilitado a esta metodologia, pois é ele quem vai conduzir as pessoas através da experiência do jogo e também extrair daquele grupo os insights e aprendizados que aconteceram durante a aplicação.

A aplicação é dividida, geralmente, em três etapas:

💬 Contextualização e explicação das regras: nesta etapa, os participantes são apresentados aos motivos pelos quais participarão do jogo e podem ser lembrados de pontos-chave do conteúdo referente a esta experiência. Os participantes também tomam contato com as regras do jogo, com os componentes e com a metáfora do jogo (quando houver).

🎲 Experiência do jogo: aqui os participantes tornam-se jogadores. Em geral, são divididos em equipes e começam a explorar o universo do jogo. Algumas rodadas acontecem, e é através desta repetição cíclica que acontece o treino ou a interiorização de conteúdos.

❗Debriefing e fechamento: após o término do jogo, o focalizador compartilha com todos os conhecimentos que surgiram pontualmente ao longo do jogo. Além disso, ele traça paralelos entre as situações do jogo e a realidade da empresa, reforçando os insights que aconteceram durante as rodadas e trazendo para o consciente a aplicação prática daquele conhecimento no contexto empresarial.

Após o debriefing, o focalizador pode fazer um relatório para a diretoria, relatando os resultados da aplicação do jogo e, até mesmo, índices de desempenho dos participantes.

✅ Uma das principais vantagens da utilização de jogos para treinamento é a escalabilidade – o mesmo jogo pode ser utilizado para diversas turmas ao longo do tempo, simultaneamente ou não (dependendo da disponibilidade de materiais e de focalizadores).

💎 Tudo isso fica potencializado quando o jogo é desenvolvido inteiramente para atender a uma demanda de treinamento da empresa. Isso abre a possibilidade de criação de uma ferramenta muito potente de treinamento, que traz experiências de aprendizagem em diversas dimensões, como:

⚒ O tema do jogo: o jogo pode ser sobre uma viagem espacial, sobre o gerenciamento de plantações, sobre uma trilha de escalada na montanha... O tema é escolhido de forma que ele promova correlações de significado com o assunto central do treinamento e com a realidade da empresa. Além disso, o tema é explorado na forma de uma narrativa, que conduz a experiência do jogo do começo ao fim e que dá sentido a ela.

♣️ Os artefatos do jogo: cada artefato do jogo (peões, cartas, fichas, tabuleiro etc) é veículo para carregar alguma informação; no processo de criação do jogo, há todo um cuidado com a arquitetura da informação, que determina quais grupos de informação serão associados a que artefatos. A interação com os componentes também promove correlações simbólicas.

⚙️ A mecânica do jogo: a mecânica do jogo proporciona situações de escolha e decisão para os jogadores que são projetadas para serem correlatas às decisões que eles precisam tomar no dia-a-dia.

🎁 A experiência do jogo: a interação com as regras, os componentes e com os outros participantes cria uma dinâmica rica e envolvente, em que os jogadores acabam por se expressar de uma forma bastante autêntica e transparente. Essa interação também promove aprendizados de diversos níveis.

❗️As rodadas: cada rodada é um ciclo de avaliação e ajuste; os aprendizados de uma rodada são levados para a próxima, aperfeiçoando o processo e melhorando os resultados.

💬 A elaboração racional da aprendizagem: no debriefing, ao final do jogo, a aprendizagem é consolidada e colocada em temos mais concretos, e os paralelos com a realidade do trabalho são explicitados.

Quer saber sobre os jogos de um jeito mais prático?
Ouça o áudio abaixo onde o Dênis conta mais desse jogo que desenvolvemos para a Honda 👇🏼

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E você também pode ver a live em que falamos bastante sobre esse assunto: LIVE!

🔑 Os jogos para treinamento são projetos criativos bastante complexos que envolvem o design gráfico, o design de informações, o design de experiência e a linguagem simples. A Arte da Conversa tem, na sua equipe, profissionais que trazem mais de vinte anos de experiência nessas áreas, e que já criaram jogos para clientes como Avon, Cargill, Carrefour, Grupo Tenda, Rede D’Or, Unesco, SESI, Honda, Hapvida, Comgas, Mapfre, AstraZeneca, Fundação SOS Mata Atlântica e Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), dentre outros.

Veja um exemplo aqui!

💧Empatia

😁 Aprender pode e, muitas vezes, deve ser divertido!

Com as frequentes mudanças do mercado é necessário se manter em constante transformação para acompanhar os novos processos e competências. Por isso, investir em conhecimento, novos aprendizados e treinar novas habilidades é fundamental. Mas, esse processo não precisa ser massante e desestimulante, principalmente se você é um líder que precisa capacitar melhor sua equipe de trabalho. Buscar maneiras de deixar o aprendizado mais envolvente, interessante e divertido, ou mesmo explorar ferramentas de aprendizado criativas pode ajudar no processo e em melhores resultados.

🤪 Aqui estão algumas ferramentas que trabalham o lúdico, a criatividade e, também, o aprendizado:

🎲 Jogos educativos: como falamos na seção Inspiração, os jogos envolvem a aprendizagem ou o treino de assuntos do mundo empresarial através da experiência do jogar;
🎮 Simulações interativas: permite a imersão em ambientes virtuais que replicam situações do mundo real.
🧩 Gamificação: está sendo bastante utilizada em aplicativos e plataformas de aprendizado para transformar tópicos complexos em desafios divertidos e recompensadores;
🎯 Microaprendizagem: acontece em alguns cursos da internet, em que os conteúdos são fragmentados em pequenas unidades, ajudando a absorver a informação de forma mais eficaz e acessível para agendas cheias e corridas;
✏️ Pensamento visual: se você é íntimo aqui da Arte já sabe tudo isso, não é? O PV (para os íntimos) facilita a compreensão complexa e a comunicação, estimula a memória, aumenta o engajamento, promove a criatividade, auxilia na resolução de problemas e adapta-se a diferentes estilos de aprendizado. Quer aprender Pensamento Visual com a gente? Clica aqui!
🏌️ Projetos práticos: a aprendizagem experiencial ou o aprendizado baseado em problemas reais ajuda a estimular o pensamento crítico e a trabalhar a aplicação prática do conhecimento. Estimular aprender pela experiência direta, com atividades práticas, experimentação ou imersão em situações reais.
👥 Ambientes colaborativos: estimulam o compartilhamento de conhecimento, a troca de ideias e o desenvolvimento de habilidades interpessoais.
📝 Storytelling: contar histórias ajuda a ilustrar conceitos e princípios importantes.
👩🏻‍🏫 Sala de aula invertida: use o ambiente de aprendizagem para abertura de conversas, discussões, dúvidas, aplicando o conhecimento de forma mais prática e exploratória. Deixando o tempo da "lição de casa" para o aprendizado mais conceitual.
💬 Metodologias de Conversas: busque inovar com metodologias participativas, como Café Mundial, Estruturas Libertadoras, Aquário.

💨 Síntese

ℹ️ Como filtrar as informações (de forma segura) para chegar no que é relevante de fato?

🔕 Segundo o Fórum Econômico Mundial, o principal risco para o mundo a curto-prazo é a desinformação e a informação falsa. Esse tema é agravado cada vez mais pela inteligência artificial, impactando a sociedade como um todo.

Aqui estão 3 coisas para você fazer com as informações que recebe ou transmite:

Pensamento Crítico: avalie e analise informações de maneira objetiva e racional. Questione, examine diferentes perspectivas e abrace contradições para complementar e desafiar verdades que nos são colocadas. Aumentar o repertório aqui é fundamental.
Curadoria de diversas fontes: busque sempre fontes confiáveis (sites de organizações reconhecidas, jornais de renome, revistas científicas ou instituições acadêmicas) e não confie apenas em uma única fonte de informação. Selecione e analise informações de diversos locais. Além disso, sempre verifique a mensagem em sites especializados em checagem de fatos.
Contextualização: considere o contexto em que a informação está sendo apresentada. Muitas vezes ver uma mensagem fragmentada faz com que ela tenha outro significado da sua intenção original. Quem está fornecendo a informação? Qual é o objetivo por trás? Há algum viés envolvido? A informação está completa ou foi cortada?

📖 Recomendação de leitura: O Perigo de uma história única!
Acesse aqui!

🌱 Conexão

✏️ Como o Pensamento visual pode te ajudar no contexto mercadológico atual e futuro?

Num mar de informações, de todos os gêneros, saber comunicar bem é um diferencial. O pensamento visual é uma ferramenta poderosa que te ajuda a melhorar sua memória, ter mais compreensão, simplicidade e autoconfiança.

No meio de todo este contexto em que vivemos, você já parou para refletir sobre como é sua comunicação? Você se preocupa em selecionar o que é essencial para transmitir uma mensagem? E principalmente, em como comunicá-la de um jeito mais eficiente?

Pois é… se você sente dificuldade em alguma dessas questões, a gente pode te ajudar (e o tema da Papo Essencial deste mês é exatamente para te impulsionar nisso).

❗️Aqui estão algumas dicas:

🤔 Pare para refletir sobre como e o que você comunica. Divida uma folha A4 em 2 partes. Na primeira parte você coloca o que funciona bem e na segunda o que não funciona bem. Use isso para entender o que você pode aperfeiçoar. E faça perguntas para seu público ou pessoas próximas para validar as informações;
🔑 Antes de comunicar qualquer coisa, destaque bem qual é o essencial na sua mensagem;
🤩 Use imagens. Quando falamos de desenhos aqui, não estamos falando de arte e sim, de um instrumento para potencializar sua comunicação. Eles devem sempre estar a serviço do que você quer comunicar. Eles criam empatia, conectam, são mais acessíveis e mais rápidos de serem interpretados.
👐 Facilitar conteúdos completos em contextos difíceis não é moleza. O Pensamento visual te ajuda com: uma mentalidade nova e visual, com a melhor compreensão e assimilação de conteúdos, aumentando a capacidade de reter informações, melhorando foco e atenção, auxiliando na tomada de decisões, tornando mais fácil compartilhar conteúdos, empoderando quem fala, conectando as pessoas (trabalhando o lúdico e criança interior), trabalhando a criatividade, ajudando em soluções para problemas difíceis do dia a dia… Todas essas competências são ótimas (e necessárias) para o profissional do futuro. 🤯

🤩 Quer colocar em prática?
Assista o vídeo a seguir e aprenda sobre os 4 passos para se comunicar melhor com o pensamento visual:

Como se comunicar com o pensamento visual - 4 passos

✍️ Mão no Papel

Crie seu repertório visual para se comunicar como pensador visual!

O profissional do futuro já carrega uma alfabetização visual.

É hora de você criar a sua.

Pratique a observação ativa durante seu trabalho e sua rotina, prestando atenção sempre nas imagens, ícones, cores…
Selecione 5 termos técnicos ou usuais do trabalho.
Pense em 3 metáforas visuais para cada um deles.
Desenhe cada metáfora em um post it.
Analise exemplos que funcionam bem.
Peça feedback para pessoas que farão críticas cuidadosas.
Busque utilizá-los nas suas comunicações.
Pratique sempre.